TRABALHANDO COM IDEIAS (08)
(Respostas)
Trabalhando com as ideias de CONFORMIDADE e de COMPARAÇÃO.
Abaixo, aparecem duas orações. A segunda foi transformada em oração com ideia de conformidade.
Usei: segundo, conforme, consoante e como.
A festa foi realizada conforme decidimos realizá-la.
2. Comparecemos à festa. Mamãe pediu nosso comparecimento à festa.
Comparecemos à festa segundo mamãe nos pediu.
3. Os jovens limparam a sala. A mãe pediu a limpeza da sala aos jovens.
Os jovens limparam a sala consoante a mãe lhes pediu.
A festa foi um sucesso conforme nós previmos.
5. Resolvi os problemas. Mamãe ensinou-me resolver os problemas.
Resolvi os problemas como (conforme) mamãe me ensinou (resolvê- los).
Bem, conforme já registrei, nós acabamos de criar Orações Subordinadas Adverbiais Conformativas. Isso foi apenas uma curiosidade – segundo já visto.
Trabalhando agora com comparações!
Vocês já viram um verso de Raimundo Correia:
“Os sonhos, um por um, céleres voam, como voam as pombas dos pombais.”
Nele, perceberam que o verbo nas duas orações é o mesmo: “voar”.
Viram outros exemplos:
Maria fala como um papagaio.
A maioria dos jovens age como criança.
“E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.” (Drummond)
Agora, usando: qual, que, do que e quanto (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior, tão), vejamos como se criam orações com ideia de comparação.
1. Seu trabalho de História está mais legível que o meu!
2. Nossa mesa de trabalho ficou tão pequena quanto a do chefe!
3. Seu olhar é bem menos expressivo que o meu!
4. “Nosso céu tem mais estrelas que o céu de Portugal. . .”
5. Aquela jovem é menos bela que sua irmã.
6. Vaiava tanto um quanto o outro.
7. Sempre gostei mais de Gramática que de Matemática.
Sugeri que procurassem pelas “figuras de estilo”: Elipse e Zeugma. . .
Ei-las!
Figuras de linguagem ou de estilo (no Brasil) e figuras de retórica (em Portugal) são estratégias que o escritor pode aplicar no texto para conseguir um efeito determinado na interpretação do leitor. São muito usadas no dia a dia das pessoas, nas canções e também são um recurso literário.
Elipse é a supressão de uma palavra facilmente subentendida – facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase. A intenção é tornar o texto mais conciso e elegante. Vejamos exemplos literários:
- "No mar, tanta tormenta e tanto dano." (em "Os Lusíadas", de Camões), onde se omite o verbo "haver".
- "Na sala, apenas quatro ou cinco convidados" (Machado de Assis) Também o verbo "haver" está omisso.
- "O colégio compareceu fardado; a diretoria, de casaca." (R. Pompéia) O verbo "comparecer" não se repete: fica subentendido.
Zeugma é uma figura de estilo que consiste na omissão de um ou mais elementos de uma oração – elementos já expressos anteriormente. Zeugma é uma forma de elipse.
Bem, é isso. Até o próximo sábado!
Beijão.
mara
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